quarta-feira, 10 de novembro de 2010


existem histórias que merecem ser contadas. a nossa não.
já nem me lembro. sei que fazia frio, e ás vezes até chovia. mas já não me lembro, foi há tanto tempo. mas sinto falta. posso dizer mesmo, saudade. sim, deixaste saudade. daquelas saudades que ficam cravadas e não saem. como daquelas farpas pequeninas - mesmo minúsculas - que eu costumava ter nos pés quando andava descalça no quintal dos meus avós e que depois o meu avô mas tirava, com muito cuidado, e nem doía mas mesmo assim gritava!
sim, até grito de saudade. grito, porque desta vez dói e dói muito.
e eu nem sei porquê. na verdade, já nem me lembro de nada. fazia frio, sim e que mais? que relevo é que deixaste na minha vida para ainda ter de me lembrar de tudo?
gostava de voltar atrás só para não me esquecer de uma coisa ou outra para aquele eterno sempre.
só ontem é que percebi que tinhas morrido. desculpa.

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pediste eu não tinha, mesmo assim eu dei, só quiseste ouvir aquilo que eu não te falei. não pensei perdi, mesmo assim não larguei, agora estou sem ti mas na verdade ainda não sei.